Seja fama, sucesso ou glória, o tempo sempre dará um jeito de que acabemos esquecidos.

Seja fama, sucesso ou glória, o tempo sempre dará um jeito de que acabemos esquecidos. Pouquíssimos legados sobrevivem a ele. Então, suspeito que a grande vingança é valorizar o que temos hoje, mas conscientes de que sempre será passageiro.

Seja fama, sucesso ou glória, o tempo sempre dará um jeito de que acabemos esquecidos. Podemos tentar contornar esse destino com estátuas ou biografias bem escritas, mas, sejamos francos, até as bibliotecas mais sólidas viram pó. É duro reconhecer, mas é libertador: o tempo não guarda afetos. E diante dessa constatação, uma pergunta se impõe com força: o que, afinal, estamos tentando preservar com tanto esforço?

Nós crescemos achando que deixar um legado é sinônimo de vencer. Lutamos por reconhecimento como se ele fosse eterno, mas o tempo — esse velho senhor indiferente — pouco se importa. Quando muito, restamos em notas de rodapé ou em alguma lembrança afetiva que logo se esvai. No fundo, é inútil resistir. E talvez justamente aí esteja o segredo: parar de lutar contra a impermanência e dançar com ela.

Se pouquíssimos legados sobrevivem ao tempo, a maioria de nós precisa encontrar outro tipo de motivação. A vida não é uma corrida por monumentos. É um ensaio contínuo sobre cada momento. E é por isso que suspeitamos que a grande vingança contra o esquecimento não é sermos lembrados — mas sim ter a percepção de uma existência transbordante. Não deixa de ser um ato de rebeldia sutil contra a pressa do mundo.

Valorizar o que somos e o que temos, embora desafiador diante das inúmeras expectativas lançadas sobre nós, é um exercício diário que nos convida a viver as experiências à medida que surgem — uma após a outra — como protagonistas, e não figurantes. Isso me parece fascinante.

Reconhecer que tudo é passageiro é um exercício constante de humildade — e, por que não, de libertação. Liberação da ilusão de grandeza, do peso das conquistas que teimamos em carregar. Afinal, poucos lembrarão delas. A maioria está mais ocupada com seus próprios boletos e dramas cotidianos.

Então, bóra colocar mais intensidade, risos e celebração no nosso dia a dia, porque, , na minha perspectiva, é ali — e só ali — que a vida realmente acontece. Não vivamos para sermos lembrados, mas para, ao final do caminho, podermos dizer com brilho nos olhos: que jornada incrível… e como valeu cada instante vivido

Não percebo melhor vingança contra a transitorilidade e finitude.

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Conheça o Jojo

Filósofo nas horas vaga, tem uma curiosidade inata pelo comportamento humano, realizando paralelos muito instigantes entre o ser humano e a evolução das espécies, tema sempre muito presente em todas as suas palestras e cursos, e muito apreciada pelo seu público.

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