MEDITAÇÃO, O ÓCIO CONTEMPLATIVO – 4A PARTE: O DESAFIO DA MENTE

Porém, através do tempo, alguns, entre os milhares de milhares da nossa espécie, determinaram-se a tentar descobrir um mapa que os levasse desta condição conflitiva original para outra de compreensão e liberdade.

Nesse processo, perceberam a existência de um instrumento largamente utilizado por nós, o que mais nos diferencia das outras espécies, e que é o principal responsável pela condição humana: a mente. Apesar de deificada por muitos que visam desenvolvê-la, na verdade, ela é apenas um dos atributos da consciência, utilizada principalmente para nos comunicarmos verbalmente, além de adicionar dados, já que a memória é um dos subprodutos da mente, assim como o raciocínio.

Compulsiva, a mente, por seu tráfego incessante e ruidoso, não nos permite ver além dela, da mesma forma que não podemos contemplar nossa face em um espelho, se ele estiver empoeirado.

Esse fluxo, aparentemente incontrolável, de desejos, pensamentos, lembranças e ambições, está sempre aí, dia após dia, mês após mês, ano após ano.

Nesse processo de mapeamento, os antigos encontraram na mente ruidosa um obstáculo e um véu para o acesso às manifestações mais sutis da consciência. Buscando mecanismos que possibilitassem a parada dos pensamentos para vislumbrar o que havia além deles, encontraram a meditação.

(Continua na semana que vem)

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Filósofo nas horas vaga, tem uma curiosidade inata pelo comportamento humano, realizando paralelos muito instigantes entre o ser humano e a evolução das espécies, tema sempre muito presente em todas as suas palestras e cursos, e muito apreciada pelo seu público.

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