Cesar Milan, o encantador de cães, em seu programa de televisão, nos demonstra claramente que não existem cães neuróticos, mas cuidadores neuróticos.
Ao retirar os cães supostamente desajustados, do convívio com os donos e os coloca em sua clínica, coexistindo com duas dúzias de outros cachorros, invariavelmente em dois dias, aqueles voltam a ficar ajustados, equilibrados.
Para mim, fica claro que o problema não são os caninos, mas o ambiente de convivência.
O mesmo vale para nós, humanos. Somos a média da qualidade das pessoas com quem convivemos.
Se a atmosfera de trabalho é integrada por uma maioria de indivíduos apenas medianos, sem iniciativa, sem espírito de inovação, de valores rígidos ou indolentes, independentemente de quanto talentosos, inovadores, criativos e disciplinados sejamos, com o tempo, reprisaremos o modelo do grupo: tornar-nos-emos medianos.
E o mesmo vale quando um grupo de amigos, familiares, parceiros de trabalho é inspirador: mover-nos-emos para o nosso melhor.
O que precisamos compreender é que, para o bem ou o mal, os ambientes que elegemos conviver, com o passar do tempo, sempre modelarão o nosso comportamento.
- Com quantas pessoas inspiradoras você convive? Levar muito tempo para lembrar não é o melhor sinal.
Sempre seremos influenciados e moldados pelas confrarias que escolhemos, introjetando e automatizando crenças coletivas. Então, que selecionemos tribos inspiradoras, que reúnam valores interessantes, instigantes e que, preferencialmente, gostem e estimulem seus membros a adotarem a mudança, a reflexão e o novo.
Ou estaremos fadados à uma visão e experiência mediana, quase medíocre do nosso cotidiano. E isso é morrer em vida.