Há algo de quase ritualístico na escolha de um barbeiro. Para muitos homens, trata-se de mais do que um simples corte de cabelo ou um ajuste na barba — é um momento de pausa no tempo, onde o cuidado pessoal se transforma em cuidado emocional. O barbeiro não é apenas o profissional da tesoura e da navalha; é, por vezes, confidente, conselheiro e até mesmo amigo. Essa fidelidade ao barbeiro escolhido revela um traço curioso do comportamento masculino: uma busca por segurança, constância e, acima de tudo, confiança.
A relação que se estabelece entre cliente e barbeiro tende a ser cultivada ao longo dos anos, com uma lealdade quase inabalável. Homens atravessam bairros — às vezes cidades — para sentar-se na cadeira daquele que “acerta do jeito certo”. E, quando encontram esse mestre dos fios, resistem bravamente a qualquer tentativa de substituição. Não se trata apenas de estética, mas de identidade.
Há também um componente social. A barbearia, por tradição, é um espaço masculino onde histórias circulam, piadas são trocadas, silêncios são respeitados e presenças se fortalecem. É o templo onde o homem se autoriza a cuidar de si, sem pressa e sem culpa. Ao escolher um barbeiro, o homem escolhe também um pequeno refúgio, um território onde o cuidado e a estética se entrelaçam com vínculos e memórias
A Barbearia MadDog, comandada por Alexandre Toledo — sujeito de conversa fácil, dono de uma vida repleta de histórias saborosas, vividas tanto por aqui quanto em terras distantes — é o espaço que escolhi em Floripa para cuidar da barba e do cabelo. Localizada na Rua doutor Arminio Tavares 60, a barbearia tem alma e personalidade: decoração vintage, toques nostálgicos e inúmeras referências ao bom e velho rock and roll criam um ambiente acolhedor e autêntico.
Para completar a experiência, tudo é sempre acompanhado por uma trilha sonora impecável, escolhida a dedo, que embala o ambiente com clássicos do rock e boas surpresas musicais.