Adoro esta frase do Professor DeRose.
A vida é um enorme laboratório, onde cada decisão que tomamos vem sempre junto com alguma surpresinha. Até aquele abraço apertado da vovó, que parece inofensivo, pode vir acompanhado de um sermão sobre o quanto você emagreceu demais ou engordou de leve. Não existe gesto isento de consequências.
Comprar uma bicicleta para manter a forma? Excelente ideia! Efeito colateral: o joelho pede socorro no terceiro quilômetro e a bicicleta vira cabide de roupas. Decidiu adotar uma alimentação natureba? Parabéns! Só se prepare para se tornar o chato da marmita nas festas e ser olhado com pena ao recusar brigadeiro.
E quando o impulso é agir “para o bem”? Aquela única vez que você ajudou seu amigo a se mudar virou cláusula contratual: toda nova mudança dele agora tem seu nome em letras garrafais. Ou seja, até a boa ação tem seu retorno — nem sempre tão nobre quanto a intenção inicial.
Por isso, talvez o segredo não esteja em fugir dos efeitos colaterais, mas em escolher quais estamos dispostos a encarar. Se for para rir depois, até vale a dor de barriga. Afinal, quem vive com paixão, tropeça com estilo. E quem tenta não causar nada… bom, esse já está causando efeito colateral só de tentar ser neutro!