Enquanto os que dizem que fazem, ficam procurando um culpado para os seus problemas, aqueles que fazem, encontram uma solução. {Joris Marengo}
Tudo levar a crer que na construção do psiquismo humano, a natureza, imperfeita, induziu o Homo sapiens em buscar sempre um culpado para todos os eventos desagradáveis que eivam a nossa vida.
Seja Deus, o diabo ou o azar, nosso cônjuge, a crise econômica, o governo ou o aquecimento global, alguém é responsável pelas nossas dificuldades. Menos nós!
Suspeito que no cerne desta distorção esteja o medo da responsabilidade, o receio da perda (pois escolher sempre inclui abrir mão de alguma coisa) e das consequências de nossas ações.
É mais fácil e confortador encontrar um incriminado por nossas eleições. É um sofrimento insuportável reconhecer-nos como os responsáveis. A sensação de frustação é imensa e precisa ser liberada, projetada para fora. Buscamos o alívio localizando um culpado e descarregando sobre o pobre inocente a nossa decepção.
Este posicionamento oferece ares de instintividade e pagamos seu preço: ao acusarmos o mundo pelos nossos dissabores, damos ao mesmo mundo poder sobre nossas vidas.
E o contrário também é verdadeiro: ao assumirmos total responsabilidade sobre atos, palavras e pensamentos, retiramos o poder oferecido e acumulamos potência.
Optando por uma ou outra visão, colheremos ônus e bônus. Esta é a única certeza. Escolha a sua.